Ausência (Carlos Drummond de Andrade)
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Quando leio esse texto de Drummond penso que as pessoas que nos deixam,permanecem de alguma forma...o coração passa a ser o local adequado para guardarmos lembranças boas e todo o sentimento que temos por alguém...Agosto mês do desgosto...em 2007 tio Deca nos deixou,em 2009 tia Alice e hoje 21 de agosto de 2010 Tia Graça...a homenagem aqui é simples mas é muito sincera...Descanse em paz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário